Acompanhamento deve
contar com equipe multidisciplinar
Alimentação saudável e prática
de atividades físicas. Essa é a melhor
forma de prevenir-se contra a diabetes mellitus
gestacional (DMG), problema caracterizado pela alteração
no metabolismo da glicose e que, se não for
tratado adequadamente, pode afetar a saúde
do bebê e da mãe.
A gravidez associada ao DMG é considerada
uma gestação de risco e deve ser monitorada
de forma mais intensiva. Além do acompanhamento
do obstetra, um endocrinologiasta também
deve examinar a pacient, sempre trabalhando em equipe.
As consultas de pré-natal são realizadas
em intervalos de tempo mais curtos e o monitoramento
é feito a partir de exames específicos.
Em alguns casos, é necessário uma
orientação alimentar recomendada por
um nutricionista.
Segundo Paulo Augusto Carvalho de Miranda, coordenador
do pré-natal de alto risco endocrinológico
da Santa Casa de Belo Horizonte, as principais vítimas
da doença são mulheres acima de 25
anos, obesas ou com sobrepeso e com histórico
familiar de diabetes. O ganho excessivo de peso
durante a gestação ou a síndrome
do ovário policístico são outros
fatores que aumentam o risco de DMG.
A boa notícia é que apenas 5% das
mulheres que desenvolvem diabetes gestacional continuam
diabéticas depois do parto. No entanto, sabemos
que a longo prazo, até 50% delas podem se
tornar diabéticas, lembra.
Entre os fatores predisponentes, aspectos genéticos
e ambientais devem ser levados em consideração.
Grávidas com histórico familiar de
diabetes tipo 2 têm mais chances de desenvolver
o distúrbio. Com relação aos
fatores ambientais, o excesso de çúcar
e o sedentarismo são importantes.
Caso não seja diagnosticado, o distúrbio
pode levar à macrossomia fetal, com o bebê
nascendo com peso superior a quatro quilos e meio.
Como ele é filho de uma paciente com diabetes,
conseqüentemente, poderá desenvolver
o mesmo problema, explica Paulo de Miranda.
Sintomas
A administradora de empresas Luciana Guimarães
de Morais, de 36 anos, descobriu que estava com
diabetes gestacional no início do sétimo
mês. Notei que tinha uma sede excessiva e
urinava muitas vezes durante o dia, embora eu saiba
que a grávida faz muito xixi mesmo, comenta.
Ao fazer os exames, Luciana descobriu que estava
com um nível de 168 miligramas por decilitro
e, seguindo orientação médica,
começou a fazer dieta. O controle alimentar
é rígido. Cortei todo tipo de doce
e açúcar. Optei por legumes, frutas,
leite desnatado, arroz integral, ovo somente duas
vezes por semana e crustáceos a cada 15 dias,
entre outras coisas. Agora, Luciana espera a chegada
de Manuella, prevista para este mês.
Definição
Toda alteração no metabolismo da
glicose iniciada ou primeiramente detectada durante
a gestação.
Prevenção
Controle do peso
Uso con-trolado de açúcar durante
a gestação
Fatores de risco
Obesidade ou sobrepeso
Histórico familiar de diabetes
Idade acima de 25 anos
Síndrome do ovário policístico
Alimentação inadequada
Sedentarismo
Possíveis conseqüências,
se não for tratado
Parto prematuro
Infecções pós-parto
Hipoglicemia
Icterícia prolongada
Sobrepeso do bebê
Diagnóstico
Na primeira consulta do pré-natal, é
feita uma dosagem da glicose (de jejum). Posteriormente,
entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação,
a paciente é submetida a um teste mais específico,
em que são usados 50 gramas de dextrozol,
um carboidrato de rápida absorção,
e é medido o nível de glicemia novamente.
O nível ideal de glicose para que não
haja diagnóstico de diabetes gestacional
é de 130 a 140 miligramas por decilitro.
Caso a medida seja superior, a paciente é
submetida a uma sobrecarga maior – com 75
ou 100 gramas de dextrozol –, e novas dosagens
ocorrem na hora, uma hora e duas horas depois.
Sintomas
Urinar em excesso
Sentir muita sede
Glicose alta (apenas com exame)
Tratamento
O principal tratamento contra o diabetes gestacional
é a alimentação adequada.
Assim como no diabetes em situações
normais, o uso do açúcar e o excesso
de carboidratos são contra-indicados. Quando
a dieta não é suficiente para manter
os níveis de glicose sangüíneo
controlados, se recorre ao uso da insulina.
Fonte: http://www.portaldiabetes.com.br
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